Pelourinho
No Pelourinho, o antigo casario
ainda cheira a alecrim, recende a incenso;
fala de Iaiá e Sinhazinha, e penso
que do senhor e de um feitor sombrio.
Roca e almofada. A renda e o branco fio.
Cana e mandioca. A moenda, a roda, o intenso
trabalho escravo. O suor de um povo imenso
construindo a pátria ao sol ardente e ao frio.
Largo do Pelourinho! Eu suplicio
o pensamento em busca do suspenso
laço de força, do chicote esguio.
Vejo o suplício de uma raça e o tenso
ambiente. Gritos e ais, revolta e brio.
Grilhões no chão erguendo um povo imenso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
ARTESÃO DA PALAVRA, CONSTRUTOR DO PENSAMENTO. VIVENDO DA COSTURA DO TEMPO. SEJA BEM VINDO!