ALGUÉM
Belém, 17-11-1961
Que distante, espinhoso e soturno é o caminho,
Caminhando sozinho... Á procura de quem?
A procura de alguém que me faça carinho,
Que me abrace, me beije e me chame - meu bem.
Pela estada que sigo, atulhada de espinho,
Vou pisando mansinho, esperando quem vem!
No sentido que alguém, algum dia sem ninho,
Me apareça ao caminho... Esperando também.
Quanto tempo hei andado e andarei nessa trilha,
Vendo gente que brilha abraçada ao amor!
Há que tempo esse ardor no meu peito estribilha?
A procura não cessa... Algum dia me vem
A sorrir, esse alguém que o amor me deseje...
Que me abrace, me beije e me chame - meu bem!
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ARTESÃO DA PALAVRA, CONSTRUTOR DO PENSAMENTO. VIVENDO DA COSTURA DO TEMPO. SEJA BEM VINDO!