domingo, 6 de novembro de 2011

Amor proibido


Desejo de pecado e inferno reprimido,
é o meu amor proibido, eu não o controlo mais.
Arde, não sai da mente, envolve-me o sentido,
E oscila em desespero, é arte de satanás.

Se fujo ao pensamento, o peito, malferido,
Rebenta-me partido em lágrimas e ais.
E se a ele me submeto, avança, desmedido,
No triunfo vil da carne e à carne satisfaz.

Em vão busco e medito a solução, premido
Pelo desejo ardente e a fé espiritual.
Se não pretendo o amor, um maldito gemido

Vem-me rugir no peito e não me deixa em paz.
E se ao amor me entrego... Oh! Este amor é um mal
Que desejo e recuso e não controlo mais.

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ARTESÃO DA PALAVRA, CONSTRUTOR DO PENSAMENTO. VIVENDO DA COSTURA DO TEMPO. SEJA BEM VINDO!